Pernambuco:
Ligue Agora:
Teste-piloto para Zika vírus deve ser implantado em postos de saúde de Pernambuco
Dois sistemas de teste rápido detecção do vírus Zika em pessoas, larvas e mosquitos transmissores, apresentaram resultados animadores em pesquisa realizada pelo Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Está previsto que um dos sistemas seja implantado como projeto-piloto em postos da rede pública de saúde do estado de Pernambuco, no segundo semestre de 2017.
Os sistemas utilizam tecnologias distintas para chegar ao mesmo resultado. Um deles utiliza um anticorpo para detectar a presença do vírus, neste sistema de menor custo e mais simples, coloca-se a amostra num papelzinho e se houver a presença do vírus, uma linha se forma dentro do sistema indicando resultado positivo.
A expectativa é de que esse modelo seja produzido em larga escala e possa ser disponibilizado em postos de saúde e até em farmácias, para que o próprio paciente faça o teste. A detecção da doença é importante, pois por apresentar muitas das vezes sintomas leve ou quase imperceptíveis, ela acaba não sendo notificada aos órgãos competentes.
O outro sistema de testes é composto por um aparelho que amplifica a presença do material genético do vírus da amostra e apresenta o resultado em um tela com gráficos. Embora mais lento, a vantagem deste modelo é identificar também a presença a dengue e a chikungunya. Outra informação significativa é que o aparelho mede apenas 20cm, o que facilita o manuseio, e não é necessário profissionais especializados para utilizá-lo, é preciso apenas de um curto treinamento.
Os modelos foram desenvolvidos inicialmente para testagem em humanos, mas os cientistas perceberam que a técnica poderia ser utilizada também para detectar a presença dos vírus no nos hospedeiros. Essa descoberta é importante porque ao identificar a presença de mosquito infectado em determinada localidade, o serviço público poderá intensificar as ações de combate ao vetor no local e assim evitar a proliferação das doenças.
Os equipamentos ainda em fase de prototipação e certificação. Espera-se que até 2018 as tecnologias já estejam disponíveis no mercado. Como a pesquisa é feita em parceria com empresas japonesas de equipamentos médicos, a Toshiba Medical Systems Corporation e a Fujirebio Inc, a patente provavelmente ficará com elas. O que indica a necessidade de maior investimento no desenvolvimento de tecnologia no país para que as pesquisas realizadas por universidade não continuem tão dependentes de outros países.
Também fazem parte da pesquisa o Núcleo de Saúde Pública e Desenvolvimento Social da UFPE, o National Institute of Infectious Diseases (NIID) e a Universidade de Nagasaki, através das empresas japonesas.
Fonte: Jornal do Brasil
[kkstarratings]
Atendimento: