Itapetim (PE) tem 11 suspeitas de microcefalia em 45 dias

Nos últimos 45 dias, a população de Itapetim, no Vale do Pajeú, sertão pernambucano, se assustou com o nascimento de 11 bebês com suspeita de microcefalia. Sem infraestrutura médica para o atendimento a pouco menos de 14 mil habitantes, a prefeitura e o governo estadual decidiram levar as crianças para o Recife, a 360 km de distância, como ação de emergência.

Pré-natal

Valentina, de 12 dias, é uma dos recém-nascidos que podem ter microcefalia. A menina nasceu com 31 centímetros de perímetro cefálico. “Ela só chora para mamar. Tenho até conseguido dormir. Ela mama bem”, disse Thamires Santos da Silva, mãe de Valentina.

Thamires ainda disse que não lembra de ter tido os sintomas de zika no início da gravidez e conta que fez o pré-natal e passou por ultrassonografias, mas só depois da cesariana é que foi informada que a filha estava entre os casos suspeitos de microcefalia.

Apesar de as gestantes terem tido acompanhamento, nenhum dos registros de Itapetim apresentou a suspeita de microcefalia durante a gestação.

No início do ano, Itapetim tinha o maior índice de infestação de Aedes aegypti de Pernambuco onde 13% dos domicílios apresentaram larvas do mosquito, quando o índice aceitável pela OMS é de 1%.

“Isso acontece por causa da seca”, afirmou Alysson Magno da Silva Salvador, diretor da Unidade Mista Maria Silva. Um carro-pipa abastece caixas instaladas nas ruas da cidade a cada oito dias. A população faz fila para encher baldes e armazenar água em qualquer reservatório possível.

Piabas

Para combater a proliferação do mosquito, a prefeitura distribuiu piabas, pequenos peixes que se alimentam das larvas, para a população e com isso o índice de infestação caiu para 2,4%.

Fonte

Problemas com o controle de pragas?

 

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